Uma antiga lenda viking

De acordo com uma antiga lenda viking, um sábio chamado “Inocente-de-Convicção” decidiu testar os deuses para determinar quais divindades mereciam a maior honra. E ele testou os deuses sendo rude com eles. “Inocente-de-Convicção” abordou os deuses proferindo blasfêmias familiares.

Primeiro, o sábio abordou a divindade que chamamos “O-Adversário-de-Todos-os-Deuses”. Um deus ciumento. Ele alega que apenas ele é divino. O sábio o chamou de um cruel e destemperado déspota do deserto. A divindade que foi abordada dessa maneira irrompeu numa terrível demonstração de ira e raiva e  intimidou “Inocente-de-Convicção” ao silêncio.

A seguir, o sábio abordou uma segunda divindade – aquela que chamamos “O-Deus-que-Teme-o-Esquecimento-e-Rejeição”. Pálido e diminuto ele é o deus que quer que todos os homens o amem e conheçam. O sábio fez uma referência ao passado desse segundo deus. “Inocente-de-Convicção” disse que qualquer entidade que tenha nascido num estábulo não cheirava como um deus. A segunda divindade ficou decepcionada e magoada. Ele passou um sermão no sábio – ele reprovou o sábio com palavras condescendentes – e concluiu seus comentários com estas palavras: “Você está perdoado. Vá, minha criança, e não peque mais!”. Algumas divindades tratam os homens como crianças.

Finalmente o sábio avistou a raça de senhores que chamamos os deuses Eddaicos. Em uma remota cidadela na montanha, ele os encontrou em um banquete com porco e vinho. “Inocente-de-Convicção” insultou esses deuses Eddaicos usando uma voz férrea. O sábio os denunciou como falsos deuses que satisfaziam suas luxúrias e procriavam monstros. A princípio, houve um momento de silêncio (os deuses não estavam acostumados com tais ousadas impiedades), mas eventualmente um dos comensais falou:

– Forasteiro – disse o deus – vou lhe dar este aviso: se sacar minha espada, ela não será embainhada novamente até que tenha seu sangue nela.

Após uma pequena pausa, “Inocente-de-Convicção” intuiu a necessária sabedoria. Ele falou estas palavras:

– Amigo – replicou o sábio – eu encontrei a coragem e um homem corajoso não teme a ira dos deuses.

A audácia do sábio agradou aos 28 deuses Eddaicos, e todos os comensais riram. E os deuses Eddaicos convidaram “Inocente-de-Convicção” para se juntar ao banquete deles, pois eles admiravam qualquer homem que ousasse confrontar o poder. Tal homem, eles declararam, era um confederado natural dos deuses. E então o sábio tinha encontrado sua resposta. E ele fez uma descoberta também: Cuidado com os deuses que não conseguem rir!

 

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