Quinta Sexual 38: Sexo Amigo Esporádico e Sem Remorso

Eram amigos há anos, e talvez por isso, nunca precisavam dizer certas coisas. Era um acordo sexual que não tinha cláusulas. Nem palavras. Muito menos assinaturas e promessas.

Um simples causa e efeito certeiro a cada vez que se encontravam, mesmo que por acaso. Um plano a ser executado, mesmo que quando sem planejamento.

Nunca tiveram nada além disso. Eram pura e simplesmente amigos. Tornavam-se coloridos sempre que se viam.  A amizade, nunca foi abalada por isso.

E não adiantava dizer que era só sexo. Não era apenas sexo. Era sexo entre duas pessoas que se gostavam pra caralho.

Atração física era inevitável. Ele a admirava muito como pessoa, ainda mais como mulher. Desejo imediato quase que incontrolável de agarrá-la e dizer que ela era só dele, pelo menos por aquela noite.

Trocavam olhares que ninguém percebia. Diziam “hoje vou te comer” com os olhos. Provocavam-se por SMS. Beijavam-se às escondidas. Emoção constante de adolescente bobo. Talvez o sexo mais divertido da vida de ambos.

Justamente por não ter compromisso, e por, ao mesmo tempo, ter a maior cumplicidade do mundo. Embalavam-se juntos na bebida, na música constante, no beijo forte e cheio de carinho, como se aquele fosse o último e pra sempre.

Apertavam-se pelos meses que ficavam sem se ver, pela vontade de penetrar-se. Pelo tesão que a situação e o corpo lhe causavam. Por tudo isso junto, pelo sexo que já conheciam, pela saudade que sentiam. Fugiam de onde estivessem sem causar desconfiança. Encontravam-se minutos mais tarde, quase que já rasgando as roupas.

O sexo rolava num ritmo fácil e entrelaçante. Ele sempre a tratava com carinho, mas nunca deixou a pegada de lado. Beijava-a toda. Fazia sentir-se desejada. Da maneira mais natural do mundo, a chamava de gostosa, enquanto olhava-a nos olhos e tirava sua calcinha já molhada. Demoravam-se entre mãos, beijos e carícias íntimas, até o ponto em que quase explodiam de prazer.

Penetravam-se sempre como se fosse a primeira vez. Primeiro de maneira mais calma, até que ela deixasse escapar gemidos mais altos e ele não se aguentasse de tesão ao vê-la tão deliciosamente retorcida de prazer. Ele se concentrava para não gozar logo. Ela gozava várias vezes, e só pra ele.

Não trocavam muito de posição. Adoravam ficar ali, olhando e aproveitando a compania e o sexo mútuo. Sem culpa, sem compromisso, sem preocupações. De maneira casual e séria ao mesmo tempo. Normalmente gozavam juntos. Ela já estava em sua terceira vez a ver estrelas de prazer ao sentí-lo dentro de si. Ele, deixou escapar um gemido quase grito, sentiu espasmos de orgasmo ao gozar.

Deitavam, conversavam e riam mais um pouco. Talvez mais uma cerveja. Dormiam abraçados.

Acordavam no outro dia com o maior carinho do mundo. Sem o menor remorso ou sentimento de culpa. Vestiam-se e iam cuidar de suas vidas. Até a próxima deliciosa vez que se encontrassem.

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6 comentários sobre “Quinta Sexual 38: Sexo Amigo Esporádico e Sem Remorso

  1. Muito legal o texto…ultimamente tenho lido muito a respeiro desses assuntos… a evolução nunca cansa de evoluir.. e como toda evolução que se preze, a evolução do sexo tbm vem carregando muitas mudanças, principalmente no âmbito social… nesse link – http://eroticidades.wordpress.com/2010/07/20/o-sexo-do-futuro/ – tem uma entrevista que a sexóloga Regina Navarro Lins, deu a “Isto é” em 2005, onde ela faz algumas previsões polémicas a respeito do futuro do sexo, com base em estudos, pesquisas e alguns “sinais que a sociedade”. É bem interessante.

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